Pressão contra aumento de plano de saúde na
pandemia volta a crescer.
ANS tem dialogado
com operadoras pedindo para contemplar momento delicado.
A tensão no mercado de planos de saúde em torno do assunto reajuste vem crescendo com a percepção de que os efeitos
da pandemia sobre o setor se prolongaram além do projetado.
Nas últimas
semanas, as operadoras já ouviram a pressão de entidades de defesa do
consumidor reclamando de aumentos abusivos, e agora a ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar) tem levado ao setor
o argumento de que o momento da crise ainda é delicado e precisa ser
contemplado.
No ano passado, depois de sofrer pressão
política, a agência chegou a determinar a suspensão dos reajustes por alguns
meses, mas com o fim da medida e o agravamento da crise as queixas voltaram nos
últimos meses.
O Procon-SP
anunciou nesta segunda (26) que entrou com uma ação civil pública contra cinco
empresas de planos de saúde.
O órgão quer que as
companhias comprovem o impacto da queda na sinistralidade de 2020 sobre os
reajustes dos planos coletivos deste ano e diz que os aumentos não têm
transparência.
Em março, a Senacon
(Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça) propôs uma nova
suspensão dos reajustes nos planos de saúde à ANS e questionou a diferença
entre os aumentos praticados nas modalidades coletivas e individuais.
FOLHA DE SÃO PAULO