Insatisfeitos com a forma de equacionamento
do déficit da Petros, participantes ativos e assistidos se movimentaram ontem
para entrar com ações na Justiça contra as contribuições extras. Esse dinheiro
a mais a ser cobrado dos trabalhadores é para sanar perto da metade do déficit
de R$ 27,7 bilhões, uma vez que a outra metade será coberta pela Petrobras.
Ao mesmo tempo, o Presidente da Petros,
Walter Mendes, anunciou que irá cumprir uma agenda de reuniões destinadas a
explicar a forma de equacionamento do déficit aos participantes.
O plano com déficit é o PPSP, BD patrocinado
pela Petrobras e atualmente com 64 mil aposentados e 13 contribuintes ativos.
Os participantes contestam vários pontos da fórmula de cálculo, entre as quais
o escalonamento segundo as faixas salariais. A entidade responde a esse
questionamento dizendo que o critério seria o mesmo no caso de haver superávit,
situação na qual no lugar de ser prejudicado como agora quem ganha mais seria
beneficiado ao ser isento do pagamento de um valor maior de contribuição.
Os participantes contestam também o fato de
lhes ser cobrada a cobertura de uma parte do déficit que a seu ver é da
exclusiva responsabilidade da patrocinadora.
Os
participantes também argumentam existirem incertezas quando ao valor do passivo
a ser coberto, uma vez que o recadastramento de ativos e assistidos ainda não
foi concluído e, portanto, o cadastro pode conter incorreções.
Valor