BNDES - investimentos


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou, em parceria com outros bancos de fomento, fundos de pensão e investidores privados, aporte de R$ 1,2 bilhão em um fundo de investimento em direitos creditórios (FDIC) na área de crédito corporativo. O objetivo do fundo, cujo gestor é o Pátria, é conceder crédito de longo prazo, de até sete anos, para empresas de médio porte (faturamento anual de até R$ 1,5 bilhão) que ainda não têm acesso ao mercado de capitais. As empresas poderão usar esses recursos para investimento ou capital de giro. "Não vamos determinar a alocação [dos recursos] pelas empresas", disse Olímpio Matarazzo Neto, sócio do Pátria.

 

A subscrição no fundo, chamado de Pátria Crédito Estruturado FDIC, superou a expectativa inicial, que era de R$ 800 milhões, disse Matarazzo. O BNDES vai aportar até 20% do patrimônio do fundo que terá, no total, 19 cotistas, incluindo fundos de pensão estatais, investidores institucionais e family offices. A International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, vai aportar R$ 188 milhões no fundo, enquanto o BID Invest, braço de investimento para o setor privado do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), subscreveu R$ 160 milhões.

 

A expectativa é fechar as primeiras operações do fundo nos próximos três a quatro meses, previu Matarazzo. Ele disse que o Pátria, especializado em private equity, investe com foco em alguns setores como infraestrutura, educação, alimentos e bebidas e agronegócio. A tendência, portanto, é que o FDIC de crédito corporativo comece investindo em empresas desses setores, mas Matarazzo reconheceu que podem aparecer outras oportunidades. O executivo também enfatizou que o fundo não vai investir em companhias em que o Pátria já participa. "Mas como conhecemos esses setores, nos sentimos confortáveis de entrar com instrumento de dívida privada nesses setores também", afirmou.



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