Maksoud Plaza, ícone da hotelaria, fecha as portas
após 42 anos
Encerramento
das atividades do histórico hotel pegou os funcionários de surpresa
Após 42 anos de funcionamento, o hotel Maksoud Plaza fechou as portas na manhã desta terça-feira (7). Vendido por R$
132 milhões para o grupo de logística JSL, o icônico estabelecimento encerra
suas operações, deixando cerca 170 funcionários sem emprego, e guardando sob
sua estrutura diversas histórias que marcam o cenário cultural paulistano.

Os
trabalhadores que ainda atuavam no local foram avisados sobre o fim das atividades do hotel histórico logo nas primeiras horas
desta terça (7).
Eles cumprirão contrato até o final de dezembro, quando o
prédio será entregue para os empresários Fernando e Jussara Simões, donos do
Grupo JSL.
O fechamento
do hotel encerra uma disputa de dez anos entre a atual administração e os
irmãos Simões, que arremataram o prédio e seu terreno por R$ 70 milhões em
leilão realizado em 2011 pela Justiça do Trabalho para pagamento de R$ 13
milhões em dívidas trabalhistas.
O Maksoud é controlado pela empresa de
engenharia Hidroservice e administrado pela HM Hotéis. A Hidroservice detém
ainda a Manaus Hotéis e Turismo e HSBX Bauru Empreendimentos.
O endividamento fiscal federal total do grupo,
avaliado em R$ 400 milhões, foi reduzido em mais de 60% e o saldo remanescente,
parcelado em até dez anos. As dívidas trabalhistas serão pagas em até um ano,
afirmou a empresa.
A pandemia também atrapalhou as operações do grupo,
que viu o prejuízo crescer. Em nota, a HM Hotéis afirma que a suspensão das
atividades do local pela primeira vez em sua história, entre março e setembro
de 2020, causou prejuízos acima de R$ 20 milhões.
FOLHA DE SÃO PAULO