Com inflação menor, consumo
mundial de café volta a subir.
Produção
vai a 178 milhões de sacas, e demanda, a 177 milhões na safra 2023/24.
Passado o período de inflação mundial mais aguda, o consumo de café voltará a crescer 2,2% na safra 2023/24, subindo para 177 milhões
de sacas.
Essa evolução ocorrerá principalmente nos países produtores, que
aumentarão a demanda em 2,6%.
Além
de um alívio na inflação, o desempenho da economia mundial, com previsão de
crescimento acima de 3%, também ajudará nessa evolução do consumo. Na safra
2022/23, os consumidores se retraíram, bebendo 2% menos.
Os
dados são da OIC (Organização Internacional do Café), divulgados
nesta terça-feira (5). A produção de café está prevista em 178 milhões de
sacas, 5,8% a mais do que na safra anterior.
Se
confirmados os dados de produção e de consumo, a oferta de café supera em 1
milhão de sacas a demanda. Nas duas safras anteriores, houve um déficit de 13,5
milhões de sacas.
A recuperação de produção se dá tanto pelo aumento de oferta
de café arábica, que deverá atingir 102,2 milhões de sacas, como pela elevação
da oferta do robusta, prevista em 75,8 milhões. A produção de arábica cresce
9%, e a de robusta, 2%.
Com
os novos números previstos para a produção, a América do Sul fica com 89,3
milhões de sacas, metade da colheita mundial. A Ásia, devido à produção
vietnamita, vem a seguir com 49,9 milhões.
O
consumo volta com força na América do Norte, com alta prevista de 3,8%, após
queda de 5% no ano anterior.
A Europa, que é líder e consome 54 milhões de
sacas por ano, terá crescimento de 1,1%, segundo a OIC.
A
safra 2023/24 terá condições climáticas mais adversas, principalmente por causa
do El Niño.
O Vietnã se beneficia. Terá um clima seco e quente, mas a irrigação
atenua a redução de chuvas.
A
área de café continua se expandindo, e os cafezais novos melhoram a
produtividade. Esta aumenta também devido às boas práticas que vêm sendo
adotadas, segundo os analistas da OIC.
FOLHA DE SÃO PAULO