SAÚDE MENTAL


Projeto ter.a.pia traz depoimentos emocionantes de pessoas que contam suas histórias enquanto lavam louça.

“Se o seu bebê nasce com menos de 0,5 kg, ele é considerado lixo hospitalar”, diz Cindy Anjos enquanto lava louça. 

Ela conta sobre o luto invisível que viveu quando o coração da sua filha parou de bater ainda durante a gravidez.

Fabi estava com depressão e síndrome do pânico quando decidiu chamar sua mãe para conversar. Aos 40 anos, ela descobriu que foi adotada e que tinha dois irmãos.

Depois de 33 anos de casamento, Luiz Grande perdeu o marido por Covid-19, em agosto do ano passado. 

Quando José estava intubado, Luiz pediu à Nossa Senhora para que levasse seu amor embora, pois era muito sofrimento.

Essas são algumas das mais de 150 histórias contadas no ter.a.pia, projeto criado em 2018 pelo jornalista Lucas Galdino e pelo radialista Alexandre Simone.

Os entrevistados pela dupla são pessoas comuns que falam abertamente sobre histórias íntimas e problemas que superaram, sempre de forma espontânea e muito sincera.

Para ele, desabafar sobre as adversidades da vida ajuda a lidar melhor com as angústias. “Vi uma frase num dia desses, no story do Instagram de um amigo, que dizia mais ou menos o seguinte: ‘o que não vira palavra, vira sintoma’.  

Não é à toa que esse é o propósito das sessões de terapia com psicólogos. Com o ter.a.pia é quase a mesma coisa. 

O que nos diferencia é que, em primeiro lugar, não somos psicólogos, terapeutas ou profissionais de saúde mental.”

Aliás, ele faz questão de deixar claro que o projeto não tem a intenção de substituir esses profissionais. 

“Aqui a ideia é falar para ajudar outras pessoas a se identificarem, a se inspirarem com aquele desafio superado ou entendido do nosso convidado, o que acaba ajudando a própria pessoa que está contando também”, afirma.



FOLHA DE SÃO PAULO
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