CRISE DOS CORREIOS


Crise financeira nos Correios se agrava e obriga governo federal a bloquear gastos de ministérios.

O plano divulgado pelos Correios prevê demissão voluntária para reduzir número de empregados, fechamento de mil agências deficitárias e arrecadação de cerca de R$ 1,5 bilhão com a venda de imóveis. 

E ainda possibilidade de parcerias estratégicas, fusões e aquisições.

A crise financeira nos Correios é gravíssima. 

Em 2025, a empresa será responsável por mais da metade do prejuízo previsto para todas as estatais federais.

É um rombo que não para de crescer e que vem se agravando. 

Dos últimos dez anos, os Correios tiveram prejuízo em cinco. Em 2024, o déficit dos Correios foi de mais de R$ 2,5 bilhões. 

No acumulado do primeiro semestre de 2025, o prejuízo passou de R$ 4 bilhões – e pode chegar a R$ 10 bilhões até o fim do ano, segundo um comunicado que a direção enviou aos funcionários. 

Na semana passada, o próprio governo federal dobrou a previsão de rombo dos Correios em 2025.

A empresa que já deteve metade do mercado de encomendas hoje responde por apenas um quarto dele porque não investiu o suficiente para concorrer com empresas mais modernas do setor.

A crise nos Correios afeta também as contas públicas. 

O governo federal previa que estatais federais teriam um déficit de R$ 6 bilhões em 2025. Mas, por causa dos Correios, a previsão agora é de um déficit de R$ 9 bilhões. 

Pelas regras fiscais, quando o rombo das estatais passa do limite estabelecido na meta, é preciso compensar em outras áreas. Por isso, o governo contingenciou R$ 3 bilhões em gastos dos ministérios.

 



G1
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