Discórdia não leva a nada, diz banqueiro sobre
ataque de Paulo Guedes.
Para o ministro da
Economia, federação de bancos é casa de lobby que financia fura-teto.
A declaração feita pelo ministro Paulo Guedes (Economia) nesta quinta (29), de que a Febraban (federação
dos bancos) é uma casa de lobby que financia ministro fura-teto, foi vista no
meio como um ruído desnecessário.
"O governo
Bolsonaro precisa agregar mais, tentar unir o país para enfrentar uma das
maiores crises da história.
O Brasil precisa de reformas que só se viabilizam
com costuras políticas complexas.
Fomentar a discórdia não levará a nada",
disse Ricardo Lacerda, sócio-fundador do BR Partners Banco de Investimento.
Colocada na esteira
de outros embates na órbita do governo, como a ofensa do Nhonho de Ricardo
Salles a Rodrigo Maia, a crítica de Guedes perdeu força.
Na opinião de um outro
executivo do setor, embora mal-educada, a fala do ministro poderia ser recebida
como o posicionamento dele no debate, mas acaba ofuscada e desabonada porque
vem de forma truculenta.
Entre aliados
bolsonaristas, o clima de conflito é estratégico.
Para o empresário Winston Ling, a exposição do embate desta quinta entre
Rodrigo Maia, e Roberto Campos Neto (Banco Central) por exemplo, pode ajudar.
“O efeito desejado é desemperrar as reformas”, afirmou ele.
FOLHA DE SÃO PAULO