Investidores continuam entusiasmados com o
metaverso.
Expansão do
conceito foi facilitada por sua complexidade e pelo pós-pandemia.
O metaverso terá de trabalhar com muito
afinco para tomar o controle da economia de US$ 13 trilhões que muita gente
prevê para ele. Os exageros atuais sobre o novo mercado —pelo menos por
enquanto– podem provar ser um fenômeno associado à pandemia.
Esse número de US$ 13 trilhões, de acordo com
um relatório publicado esta semana pela Citi Research, é o extremo mais alto do
alcance econômico hipotético para a definição mais ampla do metaverso, até o
final desta década.
O termo vem sendo empregado com frequência cada
vez maior a fim de enquadrar
todas as rotas futuras que podem ser cobertas pela internet e por toda empresa,
instituição e pessoa que se engajar com ela.
O administrador de um grande fundo
internacional de investimento me diz que ama a ideia do metaverso, mas não é
capaz de apontar para uma única ação em seu portfólio de uma empresa que opere
exclusivamente no metaverso.
Ainda assim, diversas projeções parecidas
chegaram às mesas dos administradores de fundos nos oito meses transcorridos
desde que o Facebook alimentou a empolgação geral ao declarar sua aposta no
metaverso – o que incluiu até mudar seu nome para Meta.
Inevitavelmente, quando clientes famintos por
ideias lhes perguntam qual é a melhor maneira de lidar com isso, o instinto dos
operadores de ações vem sendo ampliar ao máximo o pacote de nomes corporativos
associados ao metaverso, e com isso seu alcance se tornou astronômico, quase
incompreensível.
Por enquanto, a melhor aposta em termos de
investimento parece ser em companhias que trabalham com pás e picaretas (ou
seja, lidam com infraestrutura digital e hardware), e teoricamente construirão
a plataforma sobre a qual a base de usuários do metaverso se expandirá para,
quem sabe, bilhões de pessoas.
O mundo corporativo (de forma especialmente
intensa na Ásia) atendeu a essas expectativas com estratégias grandiosas para o
metaverso que, na maioria dos casos, até o momento custaram quase zero e não
forçaram as empresas a assumir quaisquer compromissos.
FINANCIAL TIMES