ANS toma medidas contra a Prevent Senior depois de
denúncias na CPI da Covid.
Idec
pede intervenção administrativa em empresa após dôssie mostrar omissão de 7
mortes em estudo sobre hidroxicloroquina.
Nesta sexta-feira (17), a ANS (Agência Nacional de
Saúde Suplementar) realizou diligências na sede da Prevent Senior.
De acordo com a
agência, foram solicitados esclarecimentos acerca das denúncias apresentadas
na CPI da Covid.
Um dôssie afirma que a empresa usou pacientes como
cobaias em uma pesquisa com remédios do kit Covid.
De acordo com o
documento, a empresa omitiu sete mortes de pessoas tratadas com
hidroxicloroquina.
Assinado por 15 médicos, o documento ainda
alega que a hidroxicloroquina foi administrada sem avisar pacientes ou
parentes.
Representantes da reguladora que estiveram no local
buscaram informações sobre assinatura do termo de consentimento, pelos
beneficiários atendidos pela redes, para a prescrição do kit Covid —um conjunto de medicamentos
ineficazes contra a Covid-19– e também sobre o cerceamento ao exercício da
atividade médica aos prestadores da rede.
A agência ainda coletou documentação no local, para
a instrução de um processo que tramita na ANS, e concedeu um prazo de cinco
dias úteis para a apresentação de documentação complementar.
Também nesta sexta, o Idec (Instituto
Brasileiro em Defesa do Consumidor) pediu à ANS que determine um regime de
direção técnica na Prevent Senior.
O regime de direção técnica significa que a ANS realize uma
intervenção na administração da Prevent Senior a fim de solucionar problemas
identificados.
Em última instância, a agência poderia alienar a carteira da
operadora.
O Idec também alega que, desde março de 2020, notificou três
vezes a Prevent Senior a fim de obter informações a respeito dos protocolos
internos para a admnistração e distribuição do kit Covid.
O instituto também
diz que já havia solicitado medidas por parte da ANS sobre a Prevent Senior,
que nunca respondeu.
FOLHA DE SÃO PAULO