INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 1


A competição entre big techs e startups pelo avanço nas ferramentas de IA (inteligência artificial) passa por um capítulo importante: a disputa por talentos.

  • Engenheiros juniores são cobiçados pelas empresas, que oferecem salários anuais de até sete dígitos (US$ 1 milhão) pela sua contratação.

Um exemplo claro de como o assunto é uma prioridade no mercado foi o último movimento feito pela Microsoft, a maior empresa do mundo em valor de mercado.

A companhia comandada por Satya Nadella contratou os chefes da Inflection AI, uma startup que desenvolveu um chatbot que não tem tanto sucesso com o público, mas cujos idealizadores são bastante respeitados no mercado por seu conhecimento. São eles:

  • Mustafa Suleyman, CEO da Inflection que agora irá comandar a divisão de IA da Microsoft voltada ao consumidor.
  • Karén Simonyan, cientista-chefe da startup que é considerado um dos principais pesquisadores da tecnologia do mundo.

Eles formarão sua equipe na big tech com boa parte dos funcionários da Inflection. Na prática, a Microsoft comprou o capital intelectual da startup sem fazer uma oferta de aquisição, algo que certamente chamaria a atenção dos reguladores.

Segundo a Inflection, tanto a empresa quanto seus investidores se beneficiarão de um novo acordo de licenciamento com a Microsoft. Os acionistas também serão integralmente reembolsados e receberão mais do que seu capital investido de volta, diz a empresa.

Outras big techs também têm investido em startups como uma forma de estar inseridas na atual onda de IA sem virar alvo de reguladores.

Além da Microsoft, empresas como Google, Nvidia e Amazon oferecem infraestrutura (nuvem, poder de computação, chips) em troca da participação acionária nas companhias.



FOLHA DE SÃO PAULO
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