SEGUROS


Consumidor poderá consultar seus seguros no portal Gov.br a partir do dia 13 de novembro.

Em uma primeira fase, estarão disponíveis os dados de 800 milhões de apólices do ramo de danos, microsseguros e seguros de pessoas.

O consumidor poderá consultar todos os seguros em seu CPF no site Gov.br a partir do dia 13 de novembro. 

“Com o novo sistema, todo cidadão brasileiro, por meio de sua conta “gov.br”, conseguirá pesquisar os seguros que possui em seu nome. 

Este será um grande marco para o consumidor de seguros, que poderá, ele mesmo, identificar se todas as suas apólices se encontram devidamente registradas e, principalmente, se todos os seguros que constam em seu nome foram voluntariamente e conscientemente por ele contratados”, afirmou Alessandro Octaviani, titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), em coletiva de imprensa realizada no último dia 7.

A primeira fase da plataforma, operada por quatro certificadoras autorizadas pela Susep a atuar com o SRO, Sistema de Registro de Operações, inclui os seguros de Danos, como de automóveis, habitacional, patrimonial, seguro residencial, de responsabilidades, rural, riscos financeiros como crédito e fiança locatícia, bem como microsseguros e seguros de pessoas em regime de repartição simples. 

Previdência privada aberta, seguros de vida, de viagem, prestamista, de acidentes pessoais, títulos de capitalização e empresas participantes do Sandbox, virão em breve, segundo a Susep.

A idéia é fazer um monitoramento sobre os dados de mais de 800 milhões de apólices neste primeira fase. Se tudo for bem, a plataforma avançará para os outros ramos.

Segundo Octaviani, a plataforma traz benefícios para o consumidor, com mais transparência sobre seus contratos que estarão listados de forma simples e objetiva no portal. Para a própria Susep, pois ao disponibilizar esses dados ela pode ser notificada pelo consumidor, caso seja apurada alguma irregularidade. 

E para os seguradores, pois haverá um aumento de confiança do consumidor nos produtos, o que gera mais oportunidades de negócios.

“Outro benefício é que o consumidor que adquirir produtos de empresas que se passam por seguradoras, mas não são supervisionadas pela Susep, saberá que o que comprou não é seguro”, acrescenta Octaviani. 

“E isso trará mais credibilidade para o setor de seguros”.

Hugo Saisse, analista técnico, afirmou que a Susep está preparada para atender a demanda de consumidores. 

A Susep tem uma espécie de “perguntas e respostas” para tirar dúvidas e se não respondidas, o consumidor será direcionado para o atendimento da seguradora. 

Se a dúvida persistir, a ouvidoria da Susep está apta a prestar atendimento para esclarecer o consumidor.

O avanço faz parte da evolução do SRO, que é o projeto de modernização do envio de dados à Susep pelo mercado supervisionado através das empresas cadastradas como registradoras de operações de seguros, previdência complementar aberta, capitalização e resseguros. 

Segundo os executivos da Susep, abrir a consulta ao público é um pequeno passo possibilitado pelo SRO. 

“Os dados gerados pelas seguradoras são enormes e certamente teremos muitas outras funcionalidades. Estamos apenas começando e esta fiscalização na era do Big Datta levará o mercado de seguros a um outro patamar de fiscalização e de experiência do consumidor”, garante Octaviani.



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