Estudo global da Randstad, com mais de 11 mil entrevistados e
análise de 126 milhões de anúncios de vagas, mostra que as posições de entrada
(0 a 2 anos de experiência) caíram 29 pontos percentuais desde janeiro de 2024.
Ao mesmo tempo, a demanda por cargos seniores se manteve estável ou até
aumentou em determinados setores, refletindo a influência direta da
Inteligência Artificial na automação de tarefas tradicionalmente associadas a
profissionais juniores.
Desse jeito fica evidentemente difícil construir pipelines de
talentos em meio a um cenário em que o primeiro degrau da escada corporativa
está se tornando mais estreito.
Ainda assim a Geração Z se mostra otimista em relação à
tecnologia: 58% estão empolgados com o uso da IA no trabalho e 55% já a
utilizam para resolver problemas — o maior índice entre todas as gerações.
No
Brasil, esse entusiasmo é ainda maior: 71% dos jovens já aplicam IA em suas
funções.
Entretanto, a mesma pesquisa aponta uma falta de equidade no
acesso a treinamentos. Homens usam mais IA do que mulheres (58% contra 52%) e
profissionais administrativos têm mais acesso à tecnologia do que os
operacionais (66% contra 46%).
Isso significa que, se não houver políticas de
inclusão e capacitação bem estruturadas, a IA pode ampliar desigualdades
internas.
MUNDO RH