CRISE ENERGÉTICA


Conta de luz deve ter alívio de apenas 3% com ajuda de R$ 5 bi da Eletrobras.

Além das pressões tarifárias com nova bandeira mais cara, governo quer evitar mais aumentos em ano de eleição.

Os R$ 5 bilhões que a Eletrobras deve antecipar no ano que vem à CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), para ajudar a aliviar a pressão da alta da energia elétrica, vai levar a uma redução média de menos de 3% nos reajustes das tarifas para os consumidores residenciais.

O cálculo é da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia. 

O movimento tem o objetivo de reduzir o impacto da alta nas contas de luz em ano eleitoral, após outra rodada de medidas que visam afastar os riscos de racionamento.

Diante do cenário de aumento nos custos de energia, que deve continuar no próximo ano, o Ministério de Minas e Energia informou sobre o aporte da Eletrobras em nota na última terça-feira (31).

A parcela integra os R$ 29,8 bilhões que deverão ser destinados à CDE, conforme previsto nas regras de privatização da Eletrobras, visando a chamada modicidade tarifária, por um período de 25 anos.

A destinação dos recursos da Eletrobras para aliviar tarifas funciona como uma contrapartida da estatal pela renovação de contratos de hidrelétricas em condições mais vantajosas pela empresa, algo também previsto nas definições do processo de privatização.

Na véspera, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) fixou ainda que a Eletrobras deverá pagará          R$ 23,2 bilhões à União pelas outorgas de 22 usinas hidrelétricas que terão contratos renovados, ou "descotizados".



FOLHA DE SÃO PAULO
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