Ganhar na renda fixa em 2019 exigirá risco e prazos maiores, dizem analistas


Sob a perspectiva de mais um ano de juros baixos, recomendação de especialistas é diversificar

A elevação dos juros no Brasil, se ocorrer em 2019, deverá ficar para o fim do ano, estendendo por um período ainda mais longo os ganhos minguados com a renda fixa. 

Em março de 2018, a taxa básica, a Selic, caiu para 6,5% e aí estacionou. Economistas ouvidos pelo Banco Central projetam que os juros terminarão o próximo ano a 7,25%.

“A gente tem um provável cenário em que as taxas de juros ficarão baixas por mais tempo. Isso deriva de ociosidade da economia e, por outro lado, das reformas.

 Se a reforma da Previdência e as de ambiente de negócios passarem no Congresso, o Brasil tem chances de crescer mais com juros mais baixos”, afirma Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco.

 

“Mesmo que a taxa suba em 2019 e continue em alta, os juros não devem passar de 8% em 2020”, diz Evandro Buccini, da Rio Bravo Investimentos.

Com base na remuneração baixa por um período mais longo, corretoras passarão os próximos meses estimulando a migração de recursos para aplicações na Bolsa, mas investidores de perfil conservador devem respeitá-lo e buscar opções mais rentáveis dentro do tipo de risco que estão dispostos a correr.

Especialistas dizem que o mercado ainda oferecerá remunerações atrativas na renda fixa, mas será preciso um pouco mais de pesquisa.



FOLHA DE SÃO PAULO
Tel: 11 5044-4774/11 5531-2118 | suporte@suporteconsult.com.br