BNDES busca soluções para privacidade antes de
incluir população em testes do Drex
Nova fase de
desenvolvimento do real digital começa a ser implementada; 13 temas foram
selecionados
A segunda fase de
testes do Drex —real digital em desenvolvimento
pelo Banco Central– começa a ser implementada buscando,
entre outros objetivos, avançar em soluções de privacidade a partir de
diferentes casos de uso.
De acordo com
Fabio Araujo, coordenador do projeto, esse é um marco fundamental para que seja
possível incluir a população nos testes da moeda digital.
Se o plano avançar
como previsto, ele prevê que essa etapa possa ocorrer entre o fim de 2025 e
início de 2026.
"Todas as
soluções que testamos não atingiram completamente as especificações que dariam
um conforto pleno para poder levar isso para os indivíduos.
A gente tem que
garantir que a LGPD [Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais] esteja sendo
atendida", diz.
À Folha,
Araujo especifica que algumas soluções de privacidade testadas "escondem
informação demais", atrapalhando o monitoramento do BC sobre as transações
realizadas.
Outros casos possuem um custo computacional muito alto, o que
reduziria o número de operações por segundo e inviabilizaria o uso do Drex no
varejo.
Um terceiro problema corresponde à dificuldade de desenvolvimento de
novos algoritmos, comprometendo a evolução do código.
Além da questão da
privacidade, também será discutida na próxima etapa de testes a governança dos
serviços financeiros.
Transações com imóveis e veículos são alguns dos 13 temas
selecionados para o desenvolvimento do Drex e envolvem outros
reguladores.
FOLHA DE SÃO PAULO