Bancos entram na linha de frente da batalha pelo fim do trabalho remoto.
Instituições de Wall Street adotaram postura mais
agressiva do que rivais europeus em relação ao retorno dos funcionários.
Mesmo com os padrões de trabalho híbrido agora bem
estabelecidos entre os trabalhadores, bancos e outras instituições financeiras
se destacaram nas últimas semanas pelas batalhas que ainda travam com seus funcionários.
Várias instituições de crédito têm desagradado os
funcionários ao exigir que retornem ao escritório mais dias por semana.
Os
trabalhadores, por sua vez, reclamam de medidas draconianas, como monitoramento
de presença e ameaças de ação disciplinar em caso de não conformidade com as
novas regras.
Também surgiu uma disparidade entre alguns bancos
europeus, mais flexíveis, e os de Wall Street, alguns
dos quais —como o Goldman Sachs, por exemplo— exigem que os funcionários
estejam no escritório cinco dias por semana.
No extremo oposto da escala, os funcionários do
NatWest do Reino Unido devem trabalhar no escritório
apenas duas vezes por mês, com 95% adotando uma abordagem híbrida e indo ao
escritório em média uma ou duas vezes por semana.
O banco britânico concorrente
Lloyds exige que os funcionários estejam no escritório apenas duas vezes por
semana.
Pesquisa da Scoop, que acompanha o trabalho híbrido, mostra que 93% das
instituições financeiras britânicas oferecem o benefício, em comparação com 87%
de seus equivalentes americanos.
Analisando os dados sobre bancos no mundo, 18%
deles oferecem flexibilidade total no local de trabalho, com os funcionários
podendo trabalhar de casa nos cinco dias da semana; 50% têm trabalho híbrido e
32% exigem que os funcionários estejam no escritório em tempo integral.
FOLHA DE SÃO PAULO