PREVIDÊNCIA


Governo usará fase final da Previdência para tentar recompor economia com reforma

Expectativa é a de que texto seja aprovado na CCJ nesta terça (1) e siga no mesmo dia para o plenário

O governo quer tentar reverter mudanças feitas pelo relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), que reduziram o impacto da medida nas contas públicas. 

A votação da proposta deve começar nesta terça-feira (1).

Ainda é possível aprovar alterações na versão apresentada pelo tucano. 

A equipe econômica pretende aproveitar a análise do texto na CCJ (comissão de Constituição e Justiça) e no plenário do Senado para recuperar trechos aprovados na Câmara, mas que foram derrubados por Jereissati.

A expectativa do presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), é que a reforma seja aprovada na CCJ na manhã desta terça e siga, à tarde, para o plenário —onde a votação pode se estender até o dia seguinte. 

Ele calcula que 60 a 63 senadores são favoráveis ao projeto na Casa. É necessário o mínimo de 49 para aprovar o texto.

O segundo turno de votação está previsto para meados de outubro.

Apesar de reconhecer a dificuldade em reverter isso, o Ministério da Economia quer mostrar posição contrária à decisão do relator.

A última estimativa de economia com a PEC principal da reforma da Previdência é de R$ 876,7 bilhões em dez anos para a União

Mas o governo ainda deverá divulgar uma nova previsão após as mudanças mais recentes feitas no Senado.

Interlocutores do governo no Senado estão otimistas em relação à votação do texto principal da PEC. 

Mas, diante de pressões por mais mudanças que podem desidratar a reforma, a equipe econômica deve ir a campo para conter esse movimento.

Maior bancada na Casa, o MDB defende regras mais vantajosas para que o trabalhador receba o abono salarial do que as aprovadas na Câmara. 

O abono funciona como um 14º salário para trabalhadores de baixa renda. A oposição também apresentará emendas para modificar a reforma.



FOLHA DE SÃO PAULO
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