O volume de sinistros dos seguros do tipo D&O (que
protege executivos contra ações judiciais) subiu 64% no ano passado. Os prêmios
pagos também tiveram alta, de 6,8%.
A proporção de sinistros e prêmios, de 56%, voltou ao
patamar de 2014, ano em que a operação Lava Jato teve início.
“É uma taxa tolerável, longe da ideal de 30%, mas ainda
atrativa para seguradoras”, diz Fernando Cirelli, superintendente da BR Insurance.
Casos de desastres ambientais e de ações de classe
movidas contra empresas brasileiras listadas nos EUA influenciaram a alta,
segundo Maurício Bandeira, da Aon Brasil.
A Susep (órgão regulador do setor) abriu em 2017 a
possibilidade de que esse seguro cobra multas e que seguradoras ofereçam
apólices a pessoas físicas. Com isso, os prêmios devem subir cerca de 10% em
2018, segundo Bandeira.
“Há
espaço para crescer, especialmente junto a pequenas e médias empresas. A
penetração do produto é de 6% no país, muito baixa em comparação com México e
EUA”, diz o CEO da AIG, Fábio Oliveira.
FOLHA DE SÃO PAULO