Bitcoin despenca por medo de repressão regulatória.
Autoridades
chinesas sinalizam medidas de repressão ao uso de moedas digitais.
Os mercados de criptomoedas oscilaram em
meio a transações caóticas, e as ações relacionadas a eles caíram depois que as
autoridades regulatórias chinesas sinalizaram medidas de repressão ao uso de
moedas digitais, cujas cotações dispararam este ano.
O bitcoin caiu em até 30%, para US$ 30.101
(R$ 158,9 mil), antes de recuperar parte das perdas e reduzir a queda a menos
de 8%.
Outras moedas
digitais também foram atingidas pelas vendas pesadas, com o ethereum, uma das criptomoedas de melhor
desempenho no mês passado, perdendo um quarto de seu valor antes de recuperar
parte das perdas e fechar em queda de cerca de 16%.
Mais de US$ 8,6
bilhões (R$ 45,4 bilhões) em posições de criptomoedas foram liquidadas nas
últimas 24 horas, de acordo com números da bybt.com, que fornece dados sobre
criptomoedas.
A oscilação surgiu depois que o Banco Popular da China (banco
central) alertou as instituições financeiras contra aceitarem criptomoedas em pagamento e contra oferecerem serviços e produtos
relacionados a elas, o que intensificou a preocupação dos investidores de que
as autoridades podem apertar a fiscalização dessa classe de ativos que opera
quase sem controle.
Moedas virtuais “não são moedas verdadeiras” e “não deveriam e
não podem ser usadas como moeda nos mercados”, afirmou o banco central chinês
em um comunicado divulgado na noite de terça-feira (18).
A instituição se
referiu a uma recente alta de preços como “especulação”.
O desdobramento reflete a campanha da China para limitar a
atividade institucional com criptomoedas, enquanto o país se prepara para
lançar sua moeda digital.
Outros mercados, como o dos Estados Unidos, mantiveram-se comparativamente abertos a envolvimento institucional.
FINANCIAL TIMES