BNDES


Nomeação no BNDES dificulta escolha para a Indústria, dizem empresários.

A avaliação é que a pasta pode ter perdido prestígio perante o banco.

Industriais e executivos do setor preveem que o governo Lula terá de recorrer a um nome simbólico para chefiar o Ministério da Indústria (MDIC).

A avaliação é que pode haver dois motivos para a dificuldade de encontrar alguém de peso que aceite o cargo: ou o novo governo não está sabendo procurar ou a pasta não está atraente.

A nomeação de Mercadante para o BNDES antes de definir o ministro é vista como inversão de ordem que enfraqueceu a pasta perante o banco.

Depois das notícias de que Josué Gomes, presidente da Fiesp, e Pedro Wongtschowski (Grupo Ultra) rejeitaram convites para assumir o posto, empresários e executivos do setor dizem que está na hora de esclarecer o que o novo governo pretende com esse ministério da indústria.

Nas palavras de um diretor de multinacional, o pior pesadelo seria recriar um ministério sem recursos nem ambição, só para dizer que existe. 

Ele afirma que ficou uma impressão, que precisa ser corrigida a tempo, de que o novo MDIC não terá prioridade.

Alguns sugerem que se procurem nomes mais jovens em vez de recorrer aos veteranos da indústria com restrições para o cargo. 

A avaliação é que há outros profissionais com requisitos como uma visão global de competitividade e dos desafios de tecnologia e inovação para entender o futuro da indústria e das fontes renováveis.



FOLHA DE SÃO PAULO
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