Com o título "O novo Vovô - Papel dos
avôs começa a mudar, com maior participação na vida dos netos", é
indicativo de que parece existir uma nova tendência comportamental no ar, ainda
que o texto não traga números nem pesquisas.
Mas são muitos os testemunhos de
homens que vestem o novo figurino.
Isso é novidade. A Associação Americana de Pessoas
Aposentadas (em inglês, American Association of Retired Persons AARP) realiza
pesquisas regulares – e nelas o avô aparentava até agora não ser,
particularmente, avaliado.
O que prevalecia era, por exemplo, o temor por parte
de muitos homens maduros de que a exposição dos netos impactasse negativamente as
suas chances de levar adiante por mais tempo as suas vidas profissionais, por
sugerir a proximidade da aposentadoria.
Havia ainda uma certa confusão que
fazia ver o papel como "coisa de mulher".
Os pesquisadores, no entanto, acreditam que há uma
mudança no horizonte.
As tendências culturais e demográficas, incluindo a
melhora na saúde e o aumento da expectativa de vida, significam que os avós
podem assumir papéis mais ativos.
– Às vezes, pais não tão bons tornam-se avós muito
bons – destaca Karl Pillemer, psicólogo da Universidade de Cornell e autor do
livro, "Fault Lines: Fractured Families and How to Mend Them".
O GLOBO