Ações e CDBs são os produtos que mais cresceram em
2020.
Fundos
de renda fixa perderam espaço na carteira do brasileiro.
Ações e CDBs (certificados de depósito bancário)
foram os instrumentos financeiros que mais
cresceram em 2020, segundo dados da Anbima (associação do setor) divulgados
nesta sexta-feira (5).
Com o juro baixo e incertezas com a pandemia de Covid-19, o investidor buscou ampliar a rentabilidade da carteira
no mercado de ações, ao mesmo tempo em que buscou alocar a renda
fixa em CDBs, que se tornaram mais atrativos que a poupança e que fundos de
investimento.
A poupança, atualmente, rende, 1,4% ao ano, menos
que a Selic (2% ao ano). Já os fundos, com o juro baixo, ficam ainda menos
rentáveis dadas as taxas cobradas ao investidor.
O investimento de pessoas físicas, exceto os
clientes private, atingiu R$ 2,2 trilhões ao fim de 2020.
Destes, 42,9% estavam
em poupança, 16,1% em fundos de renda fixa, 13,6% em CDBs, 6,6% em fundos
multimercado e 5,7% em ações.
Ao fim de 2019, o volume financeiro era de R$ 1,9
trilhão, sendo 40% em poupança, 23,1% em fundos de renda fixa, 10% em CDBs,
6,2% em fundos multimercado e 4,3% em ações.
Somando todas as categorias, os investimentos de
pessoa física cresceram 13,4% em 2020 para R$ 3,7 trilhões, maior valor da
série, iniciada em 2014.
Ao apresentar os dados, a Anbima também divulgou
suas metas para 2021.
A primeira delas é revisão as regras de suitability, ou
seja, de acomodação de risco conforme o perfil de cada investidor.
É determinado que as instituições separem os
produtos e os clientes de acordo com, no mínimo, três categorias: conservador,
moderado e arrojado —muitas casas já adotam mais variações de perfis, como
ultraconservador e agressivo.
Segundo a entidade, o objetivo é que as novas
regras reflitam o atual cenário macroeconômico e as mudanças no comportamento
dos investidores, que levam a uma tomada maior de risco na carteira.
A outra meta é dar mais transparência à remuneração
dos distribuidores de produtos de investimento.
VALOR ECONÔMICO