BOLSA


SINAIS AZEDOS DO ORIENTE DERRUBAM BOLSA

Mais uma vez o temor em relação a uma desaceleração da economia chinesa pesou na Bolsa brasileira, que chegou a sua décima queda consecutiva, na maior sequência negativa desde 1984.

  • Desta vez, o setor imobiliário voltou a gerar preocupações depois que uma grande incorporadora não pagou juros da dívida.
  • A notícia atingiu em cheio as ações da Vale, fornecedora de matéria-prima para a construção civil e uma das maiores empresas do Ibovespa.

Em números: os papéis da mineradora caíram 3,08% e puxaram a Bolsa brasileira para baixo, com recuo de 1,06%, aos 116.809 pontos.

  • O temor global sobre a economia chinesa também fez o dólar ganhar força aqui e lá fora. A moeda americana fechou em R$ 4,965, alta de 1,20%.

Ainda nesta segunda, destaque para os papéis de educação negociados na Bolsa.

Eles tiveram forte queda em meio a um impasse no setor após uma decisão do STF que limitou a abertura de novos cursos de medicina e, como mostrou a Folha, gerou indefinição no Ministério da Educação.

  • Yduqs e Ânima, duas das principais em cursos de medicina privados, tombaram 15,25% e 18,96%, respectivamente.

O que explica a sequência negativa do Ibovespa: é um misto do cenário externo com a ata do Copom, que esfriou as apostas no mercado para um corte maior que 0,5 ponto da Selic.

Apesar da sequência de dias negativos, o tombo não é tão grande: 4,2%. Isso depois de um avanço de 19,7% em quatro meses com a espera do início do ciclo de corte de juros.



FOLHA DE SÃO PAULO
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