RESUMO DA SEMANA


 Governo federal diz que gastou R$ 23,3 milhões para divulgar "tratamento precoce".

CPI da Covid tem depoimento de especialistas que criticam ao "negacionismo" e afirmam que a mentira sobre cloroquina "mata".

Bolsonaro entra em avião, é xingado e diz que quem o hostiliza deveria viajar de "jegue".

 

O governo federal gastou R$ 23,3 milhões em campanhas de divulgação do chamado "tratamento precoce" (comprovadamente ineficaz) contra a Covid. 

Com esse valor, seria possível adquirir 456.718 doses da vacina da Pfizer, o suficiente para imunizar toda a população de uma cidade como Presidente Prudente (SP).  

  • Documentos na CPI 

Documentos enviados pelo Ministério das Relações Exteriores à CPI da Covid mostram que só em fevereiro deste ano o governo federal pediu informações às embaixadas sobre as cláusulas "leoninas" do contrato da Pfizer e da Janssen. 

Àquela altura, a Pfizer já havia feito seis ofertas para a venda da vacina ao Brasil: três em agosto; duas em novembro; e uma em 15 de fevereiro. A assinatura do contrato com as companhias ocorreu em 19 de março.

 

  • Especialistas na CPI 

Críticas ao "negacionismo" durante a pandemia, alerta para os riscos decorrentes do incentivo ao uso da cloroquina ("essa mentira mata") e defesa de medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus. 

Esses foram os principais pontos dos depoimentos da pesquisadora Natalia Pasternak e do médico Claudio Maierovitch à CPI da Covid. A microbiologista e o sanitarista, que é ex-presidente da Anvisa, falaram aos senadores por cerca de oito horas.  

  • Quebra de sigilo 

Quatro pessoas que são alvo dos pedidos de quebra de sigilo aprovados pela CPI da Covid acionaram o STF para derrubar a decisão

São elas: Ernesto Araújo (ex-ministro); Zoser Hardman (ex-assessor do Ministério da Saúde); Mayra Pinheiro (conhecida como "Capitã Cloroquina"); e Hélio Angotti Neto (secretário da pasta). 

Da lista, constam ainda nomes como os do ex-ministro Eduardo Pazuello e o empresário Carlos Wizard. 

A comissão busca obter detalhes das negociações sobre compra de vacinas e conversas de um suposto "gabinete paralelo" que teria assessorado o governo em decisões referentes à pandemia.

  • Bolsonaro em avião 

O presidente Bolsonaro foi vaiado e xingado ao entrar em um avião para cumprimentar passageiros nesta sexta-feira no aeroporto de Vitória, no Espírito Santo. 

Um vídeo gravado por uma passageira permite ouvir ao menos três pessoas aos gritos "Fora, Bolsonaro" e "genocida". 

Já Bolsonaro divulgou um vídeo, feito por um outro ângulo, em que apoiadores tiram fotos com ele e o chamam de "mito". Esse vídeo foi compartilhado nas redes sociais do presidente e pelo site bolsonarista "Foco do Brasil". 

Ao ouvir os xingamentos do fundo do avião, Bolsonaro debochou dos passageiros que o criticavam: "Quem fala 'fora, Bolsonaro' devia estar viajando de jegue".    



G1
Tel: 11 5044-4774/11 5531-2118 | suporte@suporteconsult.com.br