Poupadores já recuperaram R$ 4,6 bilhões em
confiscos de planos econômicos
Cerca de 300 mil
pessoas foram ressarcidas por confiscos na poupança entre as décadas de 1980 e
1990
Poupadores prejudicados pelos planos Bresser, Verão e Collor I e II,
entre as décadas de 1980 e 1990 já tiveram R$ 4,6 bilhões devolvidos após
acordo com bancos homologado pelo Supremo Tribunal Federal.
Segundo a Frente
Brasileira pelos Poupadores (Febrapo), pelo menos 300 mil pessoas foram
ressarcidas pelo dinheiro confiscado em governos anteriores.
No entanto, há
ainda boa parte que não aderiu ao "Acordo dos Planos Econômicos", feito para
encerrar as ações que tramitam na justiça e liberar o dinheiro em até 15 dias.
"Quem optar
por não aderir ao acordo continuará com suas ações judiciais, mas sem garantia
ou previsão de ressarcimento, porque os processos estão suspensos pelo STF por prazo indeterminado", afirma Ana Carolina
Selema, diretora-executiva da Febrapo.
Homologado em
2018, o acordo foi capitaneado pela Febrapo, o Idec (Instituto de Defesa do
Consumidor), Febraban, AGU (Advocacia-Geral da União) e o Banco Central.
Podem aderir ao
acordo poupadores diretos que foram afetados pelos planos econômicos e que
estejam com processos em andamento. Herdeiros, cônjuges, filhos, pais e
parentes até 4° também têm direito a acessar o acordo.
As informações
sobre os processos abertos e quem pode receber o dinheiro estão disponíveis no
Tribunal de Justiça do estado em que a pessoa protocolou a petição.
De acordo com a
Febrapo, ações contra os bancos privados e o Banco do Brasil são de competência da
Justiça estadual, enquanto ações contra a Caixa Econômica Federal estão em trâmite
na Justiça federal.
FOLHA DE SÃO PAULO