Alta nos preços de alimentos faz governo elevar
projeção de inflação para 2020 e 2021.
Indicador,
porém, não romperia meta; projeção para retração do PIB melhora.
Em meio à alta registrada nos preços dos alimentos, o
governo elevou a previsão de inflação para este ano e para
o ano que vem.
A expectativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo) em 2020 subiu de 1,83% para 3,13%.
O Ministério da Economia diz que o principal responsável pela elevação em
relação à projeção anterior, feita em setembro, foi o grupo alimentício.
O governo
já cortou tarifas de importação sobre arroz, milho e soja para tentar conter os
preços.
No Boletim Macrofiscal, que traz projeções e
comentários feitas pela SPE (Secretaria de Política Econômica), o governo diz
que a inflação acumulada do IPCA em 12 meses do grupo Alimentação no Domicílio,
após atingir um valor mínimo de 5,06% em março, acelerou até alcançar 18,41% em
outubro (último dado disponível).
Para 2021, a previsão é que o IPCA suba ainda mais, para 3,23%
(em setembro, a previsão era de 2,94%).
No ano que vem, a meta de inflação é de
3,75% (também com 1,5 ponto percentual de tolerância).
Para
o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que serve como base para o
reajuste do salário mínimo, a previsão para 2020 teve um salto de 2,35% para 4,10%.
Para 2021, subiu de 3,08% para 3,2%.
A
previsão para o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) subiu
de 13% em setembro para 21% agora.
O indicador é baseado nas compras do atacado
e sofre efeito da depreciação cambial e de commodities.
FOLHA DE SÃO PAULO