HOME OFFICE 1


Empresas dão advertências e suspensões para quem tenta burlar jornada no home office.

Advogados relatam consultas sobre justa causa, mas medida é considerada extrema.

Funcionário que desaparece durante o dia e só responde a emails na madrugada, outro que não acessa o link —e, portanto, não participa— da reunião, ou ainda o funcionário que aparece na teleconferência vestindo pijamas, com cabelos bagunçados e olhos inchados de sono.

transferência inesperada do local de trabalho para a casa dos funcionários, em home offices improvisados, gerou uma série de novos conflitos nas relações entre gestores e subordinados. 

Como consequência, as empresas recorrem aos seus advogados para entender como lidar com horários, prazos, rotinas, cobranças e condutas nessa nova realidade —e também para definir as punições.

Para a advogada Andrea Massei, sócia das áreas trabalhista e previdenciária do Machado Meyer, parte das tensões tem relação com o fato de o trabalho não presencial ser uma novidade para a maioria dos setores da economia.

“O trabalho remoto veio de forma muito abrupta. Há uma falta de preparo tanto de funcionários quanto de empregadores para lidar com essa nova rotina”, diz.

Na avaliação da advogada, o improviso dessa transferência abriu espaço para uma certa confusão nas condutas. 


Estar trabalhando em casa, diz, não dispensa o funcionário de atender o gestor, cumprir prazos e entregar trabalhados —e muitas empresas tiveram problemas com isso, especialmente no início do distanciamento social.

 

O QUE PODE ACABAR EM ADVERTÊNCIA

  • Faltar a reuniões

Imprevistos acontecem, mas o não comparecimento não pode ser reiterado

  • Não atender ligações ou responder emails

O funcionário não pode "sumir" durante o expediente

  • Estar desarrumado na videoconferência

Se isso estiver no código de conduta da empresa, o empregado tem de cuidar da imagem

  • Recusar a volta ao trabalho ou mudança de turno

Quem não está praticando o distanciamento social pode ser considerado apto ao trabalho presencial



FOLHA DE SÃO PAULO
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