Chegou mais uma Super Quarta, dia conhecido pelos anúncios das decisões sobre os juros nos Estados Unidos e no Brasil.

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), elevou a taxa básica de juros (Selic) para 4,25%, confirmando as expectativas do mercado.

Essa é a terceira alta sequencial da Selic. A taxa, que iniciou 2021 em 2%, subiu 0,75% em março, indo a 2,75%, e aumentou outros 0,75% em maio, chegando a 3,5%.

O ajuste vem com o objetivo de ajudar a controlar a dispara inflacionária, que no acumulado dos últimos 12 meses chegou a 8,06%, maior nível desde setembro de 2016.
As projeções do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14), elevam a estimativa da Selic a 6,25% até o final do ano.

O Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês) manteve as taxas de juros entre zero e 0,25% nos EUA.

O Fed (Federal Reserve, o banco central americano) elevou as expectativas de alta de preços e mostrou-se atento ao comportamento da inflação, antecipando o prazo para o próximo aumento das taxas de juros.

Atualmente, os EUA vivem inflação transitória, natural após a crise causada pela pandemia.
Porém, o banco central não deu nenhuma indicação de quando começará a cortar seu agressivo programa de compra de títulos.

Tratando-se de retirar os estímulos da economia, esse não é um movimento simples de ser feito.
As previsões predominantes sobre o anúncio do Fed se confirmaram hoje, graças a sinalização de apreensão com a inflação, com expectativa de pessimismo.