ELEIÇÕES


Segundo turno deve piorar um debate econômico urgente, avaliam colunistas.

Especialistas afirmam que próximas semanas devem insuflar promessas populistas.

"Vamos ter três semanas de muitas propostas populistas, o que deve trazer mais incerteza", afirmou a economista Solange Srour. "Ninguém vai discutir a nova regra do teto, vai sim ter novas promessas que, vamos ser claros, o governante não vai conseguir cumprir."

"Vamos ter mais um mês inteirinho de disputa acirrada sem nenhuma discussão", disse o jornalista Vinicius Torres Freire.

"Há um consenso de que o próximo governo vai ter licença para dar uma estouradinha no teto desde que se apresente um novo método de controle da dívida. 

Se não tiver um programa crível com uma equipe crível para isso, a coisa vai começar num clima ruim. 

E tem pouco tempo, sem perspectiva nenhuma, o que fica mais apertado com um segundo turno. 

Sem um programa sério, isso vai explodir rápido."

Segundo ele, colocar nomes fortes do PT no ministério não é suficiente sem uma equipe técnica robusta.

A jornalista Joana Cunha, da coluna Painel S.A., afirma que empresários estão divididos. 

"Alguns dizem que Lula ganhar no primeiro turno não era bom porque num segundo ele teria que negociar e ceder mais, mas outros dizem que uma eleição apertada não leva a mais austeridade, e sim a mais promessas populistas."



FOLHA DE SÃO PAULO
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