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office: a mudança pode ser profunda
As
transformações na organização do trabalho podem ter impacto também no mercado
imobiliário
Segundo pesquisa da consultoria Betania
Tanure Associados, entre as empresas que adotaram o home office por causa da
quarentena 85% pretendem prosseguir assim em diferentes graus, com a
política para os funcionários.
Os dados mostram que o trabalho flexível
veio para ficar.
De
acordo com a pesquisa, 29% das empresas pretendem prosseguir com o home office
no pós-pandemia para algo entre 25% a 49% dos funcionários.
E 17% para um
contingente entre 50% e 79% dos colaboradores.
Uma
das vantagens desse modelo é ampliar as possibilidades de contratação de
talentos.
Uma empresa de São Paulo pode buscar o profissional com o perfil mais
adequado no interior da Bahia, na Índia ou na Noruega.
Resume
assim o presidente da administradora de planos de saúde coletivos
Qualicorp, Bruno Blatt: A informalidade e a flexibilidade foram
estendidas aos 1.900 funcionários do grupo.
Blatt autorizou a compra de 650
notebooks, para implantar o home office, e investiu 145 milhões de reais para
transformar o sistema de vendas físico usado pelos 35.000 corretores de seguros
num sistema digital, na nuvem.
Com o ganho de eficiência, devolveu sete dos 15
andares do prédio. Segundo Blatt, o trabalho flexível faz parte da mudança na
cultura para deixar a empresa mais ágil e proporcionar mais qualidade de vida
aos funcionários.
Como
sinal dos tempos, a maior rede de hotéis no país, a Accor, lançou em
junho um serviço chamado room-office: são quartos de hotéis adaptados para
funcionar como ambiente de trabalho, com mesa e cadeira de escritório no lugar
da cama, além de equipamentos para reuniões virtuais.
Marilia
Nogueira, diretora de comunicação e eventos do Instituto Brasileiro de
Relações com Investidores (IBRI), diz ter sempre ouvido colegas de outras
áreas dizerem que era muito difícil inovar em RI.
Mas está aí um bom
momento para que as áreas quebrem seus tabus e utilizem a tecnologia a seu
favor.
As viagens foram substituídas por road shows virtuais, que se tornaram
mais produtivos e assertivos, permitindo conectar, em questão de minutos,
investidores de todos os continentes.
Sim, você leu corretamente ... o tempo
gasto em aeroportos e deslocamentos passou a ser utilizado como tempo
“produtivo”.
EXAME