BOLSA


Cenário é de Bolsa instável com indefinição política, fiscal e sanitária.

Investidores institucionais e pessoas físicas tiraram mais de R$ 6 bi do Ibovespa na semana passada, mas saldo ainda é positivo; sobe e desce deve continuar.

As incertezas sobre as questões políticas e fiscais do Brasil têm trazido uma maior volatilidade para o Ibovespa, principal índice acionário do país.

A expectativa de analistas é que essas indefinições, somadas ao ambiente de juros mais altos, ao noticiário internacional e aos temores sobre a variante delta do coronavírus, continuem a trazer oscilações para a Bolsa de Valores brasileira ao longo dos próximos dias.

Diante do cenário, investidores pessoas físicas retiraram R$ 1,2 bilhão da Bolsa só na semana passada, quando o Ibovespa acumulou queda de 2,59%. 

Os investidores institucionais terminaram com saldo negativo no período, de R$ 5,2 bilhões.

As vendas também superaram as compras de ativos entre os clubes de investimentos e as instituições financeiras, que fecharam com saldo negativo de R$ 190,9 milhões e de R$ 549,2 milhões, respectivamente.

No total, considerando todos os investidores, o saldo das negociações na Bolsa ainda ficou positivo na semana em R$ 91,8 milhões –resultado da entrada de R$ 5,2 bilhões de capital estrangeiro, de R$ 2,1 bilhões por parte de empresas públicas e privadas e de R$ 20,3 milhões por outros tipos de investidores que aproveitaram que as ações estavam baratas para irem às compras.

Além da instabilidade doméstica, parte da explicação para o tombo da Bolsa veio do receio de uma diminuição do ritmo de recuperação econômica no mundo, que ganhou força depois que as duas maiores potências mundiais (EUA e China) trouxeram dados fracos de consumo, vendas e produção.

Outro ponto de atenção entre os investidores é a manutenção dos estímulos monetários por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e o simpósio anual que esse órgão fará ainda nesta semana.

Por aqui, o ministro Paulo Guedes (Economia) e sua equipe têm elevado a pressão no Congresso sobre os efeitos no Orçamento do ano que vem, caso o parcelamento das dívidas de precatórios não seja autorizado.

 



FOLHA DE SÃO PAULO
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