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Violência contra idosos cresce muito mais rápido que o envelhecimento da população.

Apenas nos primeiros três meses de 2024, houve o registro de mais de 42.995 denúncias de violência contra idosos,  junto ao Disque 100, segundo dados divulgados pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Só para comparar,  o número de denúncias no mesmo período de 2023 era de 33.546 registros. 

Em 2022 foi de 19.764.

Em resumo, o número de denúncias de violência contra idosos mais que dobrou em apenas dois anos, uma velocidade nem de longe comparável a do envelhecimento da população.

No ano de 2024, destacam-se os números das violências por negligência, que são 17,51% do total; à exposição de risco à saúde, referente a 14,68% do que foi reportado; à tortura psíquica, correspondente a 12,89%; às condutas de maus-tratos, no percentual de 12,20% e da violência patrimonial, revelada em 5,72% dos relatos.

É verdade que parte desse horror pode ser explicado pela maior consciência por parte das pessoas, que hoje tendem em maior número a registrar a denúncia, algo que não faziam no passado. Mesmo assim, suspeita-se que a subnotificação continua grande.

Dados da OMS revelam que pelo menos 15,7% da população idosa está submetida a um tipo de violência. 

Ou seja, 1 em cada 6 idosos sofre violência em todo o mundo. São muitos casos de denúncia e a mulher idosa é a mais atingida. 

E muitas dessas situações não são relatadas e denunciadas. O idoso tem medo da retaliação, por isso, não denuncia na maioria das vezes. 

As estatísticas demonstram que vem aumentando o número de violência contra a pessoa idosa. 

O idoso pode sofrer violência de vários tipos: física, psicológica, doméstica, negligência e abandono, institucional, abuso financeiro, patrimonial, sexual, discriminação. 



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