LONGEVIDADE 1


Longevidade ativa abre novo nicho de luxo no mercado imobiliário

  • Com a população 65+ crescendo, incorporadoras investem em residenciais com cara de hotel e tecnologia
  • Brasil será o quinto país com maior população idosa até 2030

O Brasil está envelhecendo —e de forma inédita. Cada vez mais pessoas chegam aos 70, 80 ou 90 anos com saúde, renda e disposição para continuar viajando, praticando esportes, empreendendo e experimentando novas formas de morar. 

Essa mudança de perfil abriu uma nova oportunidade de negócios no mercado imobiliário: os empreendimentos voltados à longevidade ativa.

Com o aumento da expectativa de vida e o avanço da chamada Economia Prateada —que movimentou R$ 1,8 trilhão no país em 2024 e deve chegar a R$ 3 trilhões até 2030—, incorporadoras começam a mirar um público que não quer depender de filhos nem se afastar da rotina urbana, mas busca moradias adaptadas, seguras e com infraestrutura de serviços e convívio.

"O envelhecimento da população não é um problema, é uma oportunidade de inovação", diz Alexandre Frankel, CEO da Housi.

"Estamos falando de pessoas produtivas, que querem conforto, autonomia e qualidade de vida. O desafio é criar espaços que respeitem isso", afirma.

UM MERCADO EM TRANSFORMAÇÃO

avanço desse tipo de projeto reflete uma transição demográfica e cultural. Segundo projeção da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil será o quinto país do mundo com maior população com mais de 60 anos até 2030. Até 2050, o número de pessoas nessa faixa etária deve dobrar, passando de 25 milhões para 50 milhões.

Esse contingente forma hoje o grupo de consumidores que mais cresce —e com renda média acima da nacional. 

São pessoas que valorizam autonomia, experiências e localização. Por isso, as incorporadoras têm priorizado bairros centrais e tradicionais, onde o senso de pertencimento e as redes sociais já estão consolidados.




FOLHA DE SÃO PAULO
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