A Bolsa brasileira passou a ter o "índice do medo", usado para medir a
volatilidade do Ibovespa. A iniciativa é da B3, operadora da
Bolsa, com a S&P Dow Jones Indices.
Entenda: o S&P/B3 Ibovespa VIX tem a mesma função do índice VIX
original, que mede o temor dos investidores a partir do sobe e desce do
S&P500 (principal índice acionário americano).
O cálculo é feito com base na negociação de contratos futuros do Ibovespa. A
eles é atribuída uma pontuação para verificar a volatilidade. Quanto mais
pontos, maior o "temor" dos investidores.
- Acima de 25 pontos é um
sinal de alerta para a alta volatilidade.
- Quando supera 30, é um
sinal de volatilidade extrema.
Lá: o pico
registrado pelo VIX do S&P500 foi 82,69 pontos em 2020, no começo da pandemia de Covid-19.
Aqui: o VIX do Ibovespa começou com dados retroativos a 2021. O
movimento é semelhante ao índice americano, mas mostra uma variação atípica em
momentos de maior volatilidade local, como no período das eleições
presidenciais de 2022.
- Na época, ele atingiu 34
pontos. Hoje, está em 16.
Mais sobre mercado financeiro
Depois de 17 anos sem subir os juros, o BC do Japão elevou as taxas do país nesta
quarta, para um faixa entre zero a 0,1%. Elas saíram do patamar negativo –em
vigor desde 2016.
A justificativa para o aperto na política monetária está no avanço dos salários
no país, que devem pressionar a inflação.
FOLHA DE SÃO PAULO