'Se você for enganado, a culpa é sua', diz o Lobo
de Wall Street.
Em entrevista à
Folha, Jordan Belfort, que inspirou o personagem de Leonardo DiCaprio, fala
sobre mercado financeiro, drogas e sucesso.
Jordan Belfort, o Lobo de Wall Street interpretado
por Leonardo DiCaprio no filme homônimo de 2013, está no país para ensinar como
vender qualquer coisa a qualquer um.
Não será nada ilegal, é claro, como as
práticas mostradas na obra de Martin Scorsese e que o levaram a ser investigado
pelo FBI e a receber uma sentença de quatro anos de prisão.
O curso parte da
programação do Gramado Summit 2020. A feira de negócios acabou sendo toda
adiada para o ano que vem, com exceção da aula de Belfort, que acontece na
tarde desta quarta (30).
O curso tem três horas e terá cem alunos, que
compraram seu ingresso por R$ 6.000.
Após os eventos
narrados no filme, Belfort perdeu seu patrimônio e lançou seu primeiro livro de
memórias em 2007.
Atualmente ele diz ser milionário de novo, sem revelar quanto
dinheiro tem. Mas Belfort contou à Folha muitas outras coisas
a respeito de sexo, drogas e mercado financeiro.
TÓPICOS:
O mercado de ações
é tão cheio de ganância, álcool, drogas e sexo como aparece no filme “O Lobo de
Wall Street”?
Sim.
É comum sofrer
golpes nesse mercado de ações?
Sim, os golpes
sempre estiveram lá. Hoje estão um pouco diferentes. Agora, eles mandam um
monte de newsletters, fazem campanhas por e-mails, conversas em chat room’s, há
muitas maneiras sendo usadas para enganar investidores. Não é mais tanto pegar
um telefone e ligar para o cliente.
Como escapar de um
golpe?
Bem, são coisas
óbvias. Número um, se o negócio for bom demais para ser verdade, ele é bom
demais para ser verdade (risos).
Não existem milagres e é incrível como as
pessoas ainda acreditam nisso. Número dois, eu acredito que hoje, se você for
enganado, é praticamente culpa sua.
Porque toda a informação está aí para ser
pesquisada.
Não acredite em uma única fonte, cheque com mais duas ou três. E
faça a pesquisa você mesmo, não acredite piamente no trabalho de outros.
FOLHA DE SÃO PAULO