Suécia
deixa de ser o paraíso da terceira idade.
Entre
os cerca de 6 mil óbitos relacionados ao coronavírus na Suécia até
outubro, 2.694, ou mais de 45%, ocorreram entre os cidadãos mais
vulneráveis do país que residiam em casas de repouso.
O texto é longo e em
resumo tenta mostrar que a redução dos recursos orçamentários e a privatização
de muitas destas unidades está por trás de sua decadência enquanto centros de
cuidados médicos antes de excelência.
Isto
ocorreu exatamente quando a esfera política passou a ser influenciada pelo
pensamento de economistas como Milton Friedman, cujos princípios neoliberais
confiavam na redução da ingerência do Estado e na redução dos impostos como
fonte de dinamismo.
Segundo
uma lei de 1992, a assistência aos idosos da Suécia passou da dependência de
casas de repouso para a ênfase nos cuidados domiciliares.
Como
parte de sua economia, a Suécia gasta 3,2% ao ano com a assistência a longo
prazo dos idosos, segundo a Organização da Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico, em comparação a 0,5% nos EUA e 1,4% na Grã-Bretanha.
Somente a
Holanda e a Noruega gastam mais.
Mas os gastos agora se espalham entre uma
população com mais necessidades.
Como a norma agora são os cuidados
domiciliares aos idosos, as casas de repouso são reservadas às pessoas mais
velhas que sofrem de doenças complexas.
O ESTADO DE SÃO PAULO