- Conta de luz vai aumentar com nova bandeira tarifária.
Bandeira
'Escassez Hídrica' custará R$ 14,20 a cada 100 kWh e vai vigorar até abril de
2022.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)
anunciou nesta terça-feira (31) a criação de uma nova bandeira tarifária para
fazer frente ao aumento dos custos decorrente do agravamento da crise hídrica.
Chamada de
“Escassez Hídrica”, a nova bandeira custará R$ 14,20 a cada 100 kWh
(quilowatt-hora) e vigora a partir desta quarta-feira (1°) até abril de 2022.
Segundo a agência, a nova bandeira vai gerar uma
alta de 6,78% na conta de luz. Cidadãos de baixa renda beneficiados pela tarifa
social não serão afetados pelas novas regras da Bandeira Tarifária, sendo
mantido o valor atual. Em Roraima, continua vigorando a bandeira 2 vermelha,
com o valor de R$ 9,49 a cada 100 kWh.
Com a
maior crise hídrica dos últimos 91 anos, as hidrelétricas perderam
espaço na oferta, enquanto o governo se viu obrigado a acionar térmicas —fonte
mais cara, cujo custo é repassado ao consumidor.
Com a nova
bandeira, o governo evitou reajustar em cerca de 50%
a bandeira vermelha nível 2, que
passaria de R$ 9,49 para cerca de R$ 14 durante esse período. Sem o reajuste,
Jair Bolsonaro evita desgaste em sua popularidade.
- Ministro admite que crise de energia se
agravou e pede para evitar até ferro de passar
Bento Albuquerque
pede esforço para que população e empresas reduzam consumo de energia elétrica.
O ministro de Minas
e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta terça-feira (31) que a crise hídrica se agravou e voltou a pedir
esforço da população e empresas para reduzirem o consumo de energia elétrica.
“Hoje, eu me dirijo
novamente a todos para informar que a nossa condição hidroenergética se
agravou. O período de chuvas na região Sul foi pior que o esperado.
Como
consequência, os níveis dos reservatórios de nossas usinas hidrelétricas das
regiões Sudeste e Centro-Oeste sofreram redução maior do que a prevista”,
afirmou em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV.
Ele informou que essa perda de geração hidrelétrica equivale
a todo o consumo de energia de uma grande cidade como o Rio de Janeiro por
cerca de cinco meses.
FOLHA DE SÃO PAULO