Percentual de famílias com dívidas
bate novo recorde, diz CNC.
O percentual de famílias endividadas
no Brasil quebrou um novo recorde, subindo para 67,1% em junho, aponta pesquisa
divulgada esta quinta-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC).
Antes, o maior percentual havia sido alcançado em
abril deste ano, quando ficou em 66,6%.
O levantamento aponta que o
endividamento tem aumentado mais entre as famílias com menor renda.
O
percentual de endividados entre aquelas com rendimento mensal de até 10
salários mínimos cresceu de 67,4% em maio para 68,2% em junho.
Já as famílias
com renda acima de dez salários mínimos estão menos endividadas: este mesmo
percentual caiu de 61,3% em maio para 60,7% em junho.
Já o percentual e famílias
inadimplentes – ou seja, com dívidas em atraso –, alcançou 25,4% em junho, ante
25,1% em maio.
Este é o maior nível desde dezembro de 2017. Destas, 11,6%
declararam que permaneceriam inadimplentes, já que não têm condições de pagar o
que devem – patamar mais alto desde novembro de 2012.
O cartão de crédito segue sendo o
principal responsável pelo endividamento (76,1%), seguido por carnês (17,4%) e
financiamento de veículos (11,7%).
Um outro levantamento – este do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio
Vargas (Ibre/FGV) –, mostrou que 11,3% dos consumidores estão se endividando
por causa de despesas essenciais, enquanto 15,5% afirmaram que estão usando
recursos da reserva de emergência.
Somando os dois percentuais,
percebe-se que 26,8% dos entrevistados estão em situação de estresse
financeiro.
O orçamento sob pressão é ainda mais recorrente na faixa de menor
renda, que recebe até R$ 2,1 mil por mês, chegando a 30,5%.
VALOR ECONÔMICO