TECNOLOGIA


De olho nos hackers 

Preços dos seguros contra as ameaças cibernéticas começam a se estabilizar.

Os preços dos seguros contra as ameaças cibernéticas começaram a se estabilizar, após anos de severos aumentos nas taxas. 

É que seguradoras e resseguradoras haviam se retraído especialmente depois de 2020, quando usando o login de um único funcionário um hacker conseguiu mover-se dentro dos sistemas de uma empresa paralisando toda a operação. 

E com isso causou enormes perdas para todos os envolvidos.

A seguradora e as resseguradoras tiveram de desembolsar US$ 2 milhões para a empresa cliente, que estava pagando apenas US$ 21 mil em prêmios por ano, com uma franquia de US$ 25 mil. 

Diante disso, o  mercado de resseguros se retraiu para estudar  como operar.

Segundo dados da Munich Re,  em 2019 o mercado global de seguro cyber movimentou US$ 5,8 bilhões e, em 2022, saltou para US$ 11,9 bilhões. 

E as previsões são de fechar na casa de US$ 22 bilhões em 2025 e US$ 33,3 bilhões em 2027.

No Brasil os números ainda são tímidos se comparados com o mercado americano, mas as expectativas são animadoras. Em 2019, o ano em que a Susep estabeleceu um ramo específico para cyber, o total de prêmio emitido foi de R$ 21 milhões e 2023 fechou com R$ 206 milhões.

O fato é que aproximadamente um quarto das empresas brasileiras relataram perdas financeiras devido a ataques digitais em 2022, com a maioria relatando casos de roubo de dados, de acordo com uma pesquisa anual realizada pela empresa de segurança Proofpoint1.

Os ataques de ransomware também foram uma preocupação significativa: 58% das empresas brasileiras sofreram tentativas desse tipo de ataque no ano passado, com 46% dos casos sendo bem-sucedidos para os hackers. 

Nessa modalidade de crime, os criminosos impedem o acesso da vítima aos dados nos sistemas afetados e exigem pagamento de “resgate” usando criptomoedas ou transações não rastreáveis. 

Apenas sete em cada 10 companhias conseguiram recuperar o acesso aos seus dados depois de pagar o resgate.

É importante destacar que 91% das organizações atingidas pagaram pelos resgates, e 29% delas o fizeram mais de uma vez.



INFOMONEY
Tel: 11 5044-4774/11 5531-2118 | suporte@suporteconsult.com.br