Os novos tempos pedem
economia de recursos, se não por escassez, ao menos pela exigência cada vez
maior de usá-los sempre com parcimônia, na ideia de que o valor maior da
produtividade deixou o desperdício irremediavelmente para trás. “Fazer
mais com menos vai virando uma obrigação”, resume o Diretor Luiz Paulo
Brasizza, ao anunciar números que mostram que na Abrapp os casos de reuniões
virtuais andam crescendo continuamente e, o que é ainda melhor, claramente mais
rápido na comparação com as presenciais.
Os números não deixam
margem a dúvidas: no primeiro semestre de 2016 tivemos 19 reuniões virtuais,
entre teleconferências e videoconferências envolvendo comissões técnicas e
comitês, além dos colegiados da Abrapp, ICSS, Sindapp e UniAbrapp, sendo essa
quantidade 18,75% superior à verificada em igual período do ano passado.
Primeiros passos para
mudar -
Como no primeiro semestre foram 11 reuniões virtuais, de um total de 115
realizadas pelas Comissões Técnicas e Comitês, percebe-se que a barreira
cultural ainda existe, uma vez que as primeiras ainda representam apenas 9,57%
de tudo que aconteceu. Mas os primeiros passos já estão sendo dados para mudar
isso.
Brasizza, diretor
responsável pela área de TI diante da Diretoria da Abrapp, nota que vantagens
não faltam ao modelo virtual: as reuniões podem envolver mais participantes sem
que a despesa cresça, os custos são obviamente menores, o formato parece ser
mais atraente aos olhos das novas gerações e contribui para uma maior
disseminação da cultura de TI nas entidades.
Assim, desde 2014 até
agora já foram mais de uma centena de reuniões a distância, por telefone ou
usando os recursos oferecidos nos formatos tele e videoconferências. É,
portanto, o que se pode chamar de tendência e, ainda mais, reforçada pela
necessidade de na medida do possível e, sempre que couber, sem perda da
qualidade, se substituir a reunião presencial por outra virtual.
O propósito básico, claro,
é economizar tempo e recursos, mas a reunião virtual ajuda também no sentido de
que pode acontecer no contexto de uma necessidade mais urgente, uma vez que
elimina a necessidade de deslocamento e de um maior número de
providências a serem tomadas previamente - e tudo que isso envolve. Há ainda um
evidente maior conforto em tudo.
Urgência - Para ilustrar
isso, talvez nada melhor do que a reunião realizada recentemente pela Comissão
Técnica Nacional de Investimentos, em resposta a uma necessidade mais urgente
que surgiu, a de levar aos integrantes da CTN o conteúdo de uma manifestação da
CVM - Comissão de Valores Mobiliários a respeito de um assunto de nosso
interesse.
Assim, foi-se o tempo em
que meios remotos eram prerrogativa das Comissões Técnica Nacional e Regionais
de Tecnologia da Informação, algo que começou a mudar com os novos hábitos da
Comissão Técnica Nacional de Governança e sua Regional Sul.
Nova ferramenta - Aliás, tanto é uma
iniciativa oportuna e necessária que a Abrapp está disponibilizando uma nova
ferramenta, a Adobe Connect, trazendo ainda mais vantagens e facilidades em seu
emprego. Isso vem sendo informado aos coordenadores das Comissões
Técnicas, em meio ao material que estes vêm recebendo para colocá-los a par das
novas possibilidades que passaram a existir.
Os ganhos no formato
virtual são muitos, mas não se trata de uma receita que possa ser recomendada
em todos os casos. A reunião por videoconferência, por exemplo, é recomendada
para reuniões curtas, em média de 2 horas de duração ou um pouco mais e
que tratem de questões objetivas. Se este for o caso, reunir-se remotamente,
utilizando a tecnologia disponível, é algo que favorece sob vários aspectos:
Gravação da reunião, facilitando backup; compartilhamento de arquivos;
possibilidade de se tornar mais intenso o bate-papo entre os participantes; e
chance de inserção de notas para rascunho de ata e afins.
Alguns cuidados e práticas são recomendadas. Por
exemplo, é imprescindível uma boa conexão (link de 2 MB no mínimo), sendo que o
recomendável é a utilização do navegador Google Chrome. O uso do “fone de
ouvido” para a saída do som é mais eficiente, além de ser mais indicado para um
ambiente de escritório. Recomenda-se ainda deixar apenas o
microfone do relator habilitado, evitando ruídos. Os demais participantes
poderão habilitar seus microfones quando forem falar, sendo que
preferencialmente todos os equipamentos devem ser testados antes do evento.
Diário dos Fundos de Pensão