Saques na poupança superam depósitos pelo segundo
mês seguido.
Em setembro, houve
saída líquida de R$ 7,7 bi, em agosto, de R$ 5,46 bilhões; alta nos saques
revertem meses de saldo positivo, que foi recorde no pico da pandemia.
Os saques em caderneta de poupança superaram os depósitos pelo segundo mês
seguido.
Em setembro, segundo dados
divulgados pelo BC (Banco Central) nesta quarta-feira (6), o resultado foi
negativo em R$ 7,7 bilhões: os brasileiros depositaram R$ 282,8 bilhões na
poupança e sacaram R$ 290,5 bilhões.
Mesmo com o resultado negativo, o saldo, que é
todo o montante investido na modalidade, permaneceu superior a R$ 1 trilhão no
mês.
O estoque alcançou a marca pela primeira vez na história em setembro do
ano passado com o aumento expressivo da captação líquida —diferença entre
entradas e saídas.
Desde o início da pandemia, os resultados da
caderneta são impactados pelo pagamento do auxílio emergencial.
A caderneta rende a TR (Taxa Referencial), hoje
zerada, mais 70% da Selic, que está em 6,25% ao ano.
A regra prevê que, quando a taxa básica de juros
estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança seja de 0,50% ao mês,
mais a TR.
Caso a taxa Selic esteja menor ou igual a 8,5% ao ano, o
investimento é remunerado a 70% da Selic, acrescida da TR.
FOLHA DE SÃO PAULO