Com
novo déficit, fundo de pensão da Petrobras é alvo de protestos de aposentados.
Petros terá que debater nova contribuição
extraordinária, mas pagou bônus milionário a diretores.
Aposentados da Petrobras promovem uma manifestação nesta
quinta-feira (27) em protesto contra os elevados descontos em seus vencimentos
para cobrir rombos nos fundos de pensão administrados pela fundação Petros.
Em 2022, a fundação teve novo déficit, de R$
1,2 bilhão, e já estuda cobrar nova contribuição extraordinária de
participantes de seu plano mais antigo. Apesar disso, aprovou pagamento de R$
9,3 milhões em bônus a seus diretores.
Neste mês, participantes da Petros começaram a
pagar mais um plano de equacionamento, referente ao déficit de 2021.
Em alguns casos,
o desconto acumulado supera os 30% do vencimento mensal, segundo aposentados
ouvidos pela Folha.
Os aposentados
afirmam que a empresa prejudicou os pensionistas com investimentos em negócios
deficitários por pressão do
governo —como, por exemplo, a Sete Brasil, empresa de sondas de perfuração
criada no governo Dilma Rousseff que naufragou antes de operar sua primeira
unidade.
FOLHA DE SÃO PAULO