Como tornar as reuniões de trabalho mais suportáveis?
Trabalho remoto criou oportunidade para que IA
mudasse conferências, diz cientista da Microsoft
As reuniões
de trabalho, às vezes, podem ser incrivelmente
poderosas.
Como aquela que
teve a cientista-chefe da Microsoft, Jaime Teevan, alguns anos atrás,
com seu diretor-executivo Satya Nadella e o fundador da OpenAI, empresa líder
em inteligência artificial, Sam Altman.
O impacto daquela
reunião sobre Teevan foi tão profundo que ela entrou no seu carro em seguida e
soltou um grito, eufórica com as possibilidades apresentadas pela IA.
"Eu nunca
havia feito aquilo antes, mas a emoção era simplesmente grande demais",
ela conta.
A reunião foi uma
demonstração do potencial do chatbot de IA da OpenAI, o agora popular ChatGPT. Ela convenceu Teevan de que a
inteligência artificial poderia estar prestes a transformar muitas coisas
—incluindo as reuniões profissionais.
"Historicamente, a computação sempre nos
ajudou muito a aumentar a eficiência do trabalho monótono", ela conta.
"Mas ter algo que possa ajudar a lançar um conjunto de ideias e poder
refletir sobre elas realmente parece trazer uma qualidade diferente, como uma
oportunidade real."
Um estudo global concluiu que 72% das reuniões
são ineficazes. E a nossa atividade cerebral cai durante as reuniões pelo Zoom,
segundo um relatório de pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos,
e do University College de Londres.
Husayn Kassai é o fundador da startup
Quench.AI, com sede em Londres. Ela produz software de treinamento assistido
por IA.
Ele prevê que, no futuro, "todos no mercado de trabalho serão acompanhados por algum tipo de coach de
IA" nas reuniões.
Para ele, os
profissionais irão utilizar a IA "para ajudá-los a conseguir orientações e
oferecer o detalhamento das informações".
Como resultado,
ele afirma que as reuniões irão começar a ser produtivas, ao contrário de
agora, pois "as pessoas não estão discutindo coisas importantes porque não
estão preparadas".
FOLHA DE SÃO PAULO