INFLAÇÃO


Banqueiros centrais veem sinais da vitória na luta contra inflação.

Novos dados dão confiança a tomadores de decisão de que podem reduzir as taxas de juros até o verão.

Os principais banqueiros centrais da Europa e dos EUA estão mais próximos de declarar vitória sobre a maior alta de inflação em uma geração —novos dados deram confiança aos tomadores de decisão de que podem reduzir as taxas até o verão.

Nesta sexta-feira (8), os números de crescimento do emprego nos EUA para dezembro e janeiro foram revisados para baixo, consolidando as expectativas dos investidores de um corte nas taxas até junho, enquanto os dados da zona do euro mostraram um arrefecimento do crescimento dos salários e dos lucros.

O presidente do Fed (banco central americano), Jay Powell, disse na quinta-feira (7) que o banco central dos EUA estava "perto" de ter a confiança para começar a reduzir os custos de empréstimos.

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse que os formuladores de políticas públicas "começaram a discutir a mudança na postura restritiva" e celebrou "bons progressos em direção à nossa meta de inflação", mesmo que "ainda não tenhamos chegado lá".

Os dados dos EUA de sexta-feira mostraram que a economia adicionou 275 mil empregos no mês passado, superando as previsões, mas grandes revisões para baixo nos números anteriores reforçaram as expectativas de que o primeiro corte poderia ocorrer até junho.

Não todos os banqueiros mais conservadores estão convencidos. Nos EUA, Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis, e Raphael Bostic, que chefia o Fed de Atlanta, acham que a força da economia dos EUA significa que o Fed não precisa cortar as taxas tanto quanto os tomadores de decisão pensavam ser necessário em dezembro, quando previram três movimentos ao longo deste ano.

Joachim Nagel, chefe do Bundesbank da Alemanha, reconheceu "a probabilidade está aumentando de que poderíamos ver cortes nas taxas de juros antes do recesso de verão", mas alertou contra cair "na euforia muito cedo".



FOLHA DE SÃO PAULO
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