Maiores empregadores mantêm equipes em home office
e trabalho híbrido.
Levantamentos
apontam preferência por modelo flexível, redução do presencial e ganho de
produtividade em casa.
Impulsionados pelas
medidas de distanciamento tomadas em razão da pandemia, o home office e o trabalho híbrido permanecem
sendo adotados por algumas das maiores empregadoras do país, e a expectativa é
que sejam mantidos, mesmo com o avanço da vacinação.
A decisão de seguir
com a opção de trabalho remoto, ao menos por algumas vezes por semana, está em
linha com o que apontam levantamentos recentes, em que os trabalhadores dizem
querer aproveitar a experiência de trabalho que tiveram nos últimos anos e
preferem não estar no escritório todos os dias.
Segundo a Rais
(Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e
Previdência, fazem parte dos maiores empregadores formais do país instituições
bancárias (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Itaú), os Correios, empresas do
setor de alimentação (BRF e Seara), de teleatendimento (Atento) e de saúde
(Raia-Drogasil).
Com quase 100 mil colaboradores hoje, o Itaú Unibanco chegou
a migrar metade de seu quadro para o modelo remoto, com o início da pandemia,
em 2020.
No caso dos
Correios, atualmente com 88,5 mil empregados, 2% (cerca de 1.770) estão em
trabalho remoto.
Segundo a empresa, mesmo antes da pandemia, a partir da
reforma trabalhista de 2019, o teletrabalho é uma opção para parte do quadro de
funcionários, "observando as condições legais, bem como a conveniência na
prestação dos serviços".
No Bradesco, há a
expectativa de manter cerca de 30% do quadro de funcionários no sistema híbrido
para as áreas administrativas com atividades elegíveis.
A Caixa chegou a ter mais de 56 mil empregados (35,6% do
total) trabalhando de casa, em razão da pandemia, e teve um retorno positivo por
parte dos que atuaram remotamente, sobretudo pela maior autonomia e
possibilidade de conciliação entre trabalho e família.
MAIORES EMPREGADORES DO PAÍS
- Em 2019 (antes da pandemia):
- º | Correios: 109,6 mil
- º | Banco do Brasil: 104,5
mil
- º | Caixa: 91 mil
- º | BRF: 87,6 mil
- º | Bradesco: 86,7 mil
- º | Itaú Unibanco: 99,6 mil
- º | Correios: 88,5 mil
- º | BRF: 96 mil
- º | Caixa e Bradesco: 87,5
mil (cada um)
- º | Banco do Brasil: 86,3
mil
*Até o primeiro
trimestre; dado mais recente da BRF é de 2021
Fontes: Empresas e Rais (Ministério do Trabalho e Previdência)
FOLHA DE SÃO PAULO