Restrição a fundos exclusivos
nas abertas protege o caráter previdenciário.
A decisão do Conselho Nacional
de Seguros Privados (CNSP) de vedar a constituição de planos familiares
exclusivos da previdência aberta, no caso daqueles com saldos individuais acima
de R$ 5 milhões, foi entendida pelo mercado como mais uma medida de cerco
tributário aos muito ricos.
Uma das mensagens captadas é que
o governo pretende não só preservar a arrecadação, mas também conter um fluxo
migratório para carteiras que não seriam genuinamente voltadas para a formação
de poupança de longo prazo, argumentou uma analista.
Aparentemente, o estoque
existente em fundos de previdência já constituídos pelas famílias e com
recursos aportados não será afetado pela medida, mas ainda falta a regra de
enquadramento que virá da Susep.
Em outro jornal o secretário de
Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, afirma que o
objetivo do governo, ao proibir novos fundos exclusivos de Previdência foi
“cortar o mal pela raiz”.
Segundo ele, esse tipo de produto vinha sendo indicado
por gestores de grandes fortunas com fins “puramente tributários, de reduzir o
montante de imposto pago pelo investidor”, e não visando à construção de uma
poupança de longo prazo.
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