Em artigo na coluna
semanal, Marcia Dessen adverte para que “seja prudente na projeção do juro real
líquido; não dependa do rumo da economia”.
Na fase de
acumulação, e somente nessa fase, é possível estimar rentabilidade real líquida
de 0,5% ao mês?
Não o brasileiro
típico que investe somente em renda fixa e, na maioria das vezes, na poupança.
Os investidores mais agressivos podem adotar a rentabilidade histórica de sua
carteira de investimento lembrando que o desempenho passado não vai se repetir.
Se as coisas não saírem como planejado e considerando que temos o tempo a nosso
favor, podemos corrigir as premissas e ajustar o planejamento ao longo do
tempo.
Na segunda fase (dos
60 em diante), a da aposentadoria, chegou a hora de gastar o dinheiro que guardamos
e o objetivo do investimento é um só: fazer o patrimônio durar pelo maior tempo
possível.
É ele que irá prover
ou complementar nossa subsistência. Terá início a fase do desinvestimento, em
que serão feitos saques regulares para substituir a renda antes proveniente do
trabalho.
Onde investir para
obter esse retorno?
Volto a dizer que
estamos falando da fase de desinvestimento, fase que não aceita risco, fase
cujo horizonte de tempo está reduzido, fase em que os atributos de segurança e
liquidez se sobrepõem à rentabilidade. Portanto, investir conservadoramente em
renda fixa, títulos públicos, depósitos bancários, fundos de investimento,
planos de previdência. A fatia de investimentos mais arriscados, se houver,
será reduzida, com tendência a zerar.
Folha de São Paulo