Número de malwares cresceu 5,7% em 2021.
Mais de 10% dos usuários da internet sofreram pelo
menos um ataque, mas no caso brasileiro
especialistas acreditam que a adesão do Brasil à Convenção de Budapeste inicia
nova etapa na tentativa de coibir crimes cibernéticos, de acordo com o “Boletim de Segurança da Kaspersky: Estatística do Ano”.
A cada dia de 2021, a empresa de defesa
cibernética Kaspersky identificou
380 mil novos arquivos de malware e softwares maliciosos na internet, uma alta
de 5,7% em comparação ao ano anterior.
A informação divulgada,
entretanto, mostra que esse crescimento está em linha com a proporção do
aumento do número de dispositivos usados globalmente, como computadores,
tablets ou smartphones.
A maioria das ferramentas dos cibercriminosos teve
como alvos dispositivos do sistema operacional Windows, com 91% das ameaças.
No
entanto, a Kaspersky indica que os malwares para
Linux cresceram 57% em 2021 com relação ao ano de 2020.
A maioria dos malwares (54%) eram trojans genéricos, porém
a empresa destaca que os "trojans droppers", capazes de abrir portas
para outros arquivos maliciosos, cresceram 2,24% e os worms, que podem se
autorreplicar e propagar, mais de que dobraram de número (117,5%) entre os dois
anos.
Por outro lado, especialistas apostam que a adesão
do Brasil à Convenção de Budapeste, aprovada pelo Senado, inicia nova etapa na
tentativa de coibir crimes cibernéticos, ao facilitar a cooperação entre
autoridades brasileiras e de outros países.
Isso porque a assinatura da convenção agilizará a derrubada de
conexões e sites usados para cibercrimes por meio de servidores ou internet no
exterior, ao facilitar a cooperação entre autoridades brasileiras e de outros
países.
No Brasil, estima-se que as investigações devem
ganhar, pelo menos, seis meses de agilidade com a troca de informações. Isso
porque a assinatura da convenção agilizará a derrubada de conexões e sites
usados para cibercrimes por meio de servidores ou internet no exterior.
O uso de sistemas automatizados e com inteligência
artificial para proteção de informações também segue em trajetória
crescente, afirma Thoran Rodrigues, fundador da plataforma de dados
BigDataCorp.
VALOR