MERCADO FINANCEIRO


Temor de recessão enfraquece bolsas e valoriza dólar

Após alta histórica dos juros, EUA sinalizam mais rigor contra inflação

Temores de uma recessão nos Estados Unidos voltaram a balançar os mercados mundiais nesta quarta-feira (22) após o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) reforçar o ímpeto da autoridade monetária em frear a maior inflação no país em 40 anos. 

Jerome Powell disse que o Fed está "fortemente comprometido" em atingir rapidamente esse objetivo.

Powell afirmou que o risco de desaceleração econômica é "certamente possível" durante audiência ao comitê bancário do Senado, embora tenha ponderado quanto à possibilidade de recessão.

Analistas consideraram as declarações de Powell como um aviso de que o Fed poderá subir sua taxa de juros entre 0,75 e 1 ponto percentual em agosto.

Na semana passada, o Fed aumentou os juros em 0,75 ponto, na maior elevação aplicada pela autoridade desde 1994.

A Bolsa de Valores brasileira caiu 0,16%, com o Ibovespa fechando em 99.522 pontos. 

O mercado doméstico acompanhou a baixa da Bolsa de Nova York, cujo índice de referência, o S&P 500, cedeu 0,13%. 

Dow Jones e Nasdaq, dois dos principais indicadores das ações americanas, perderam 0,15% e 0,15%.

Também encerraram o dia em baixa os principais mercados de ações europeus, com Londres, Paris e Frankfurt caindo 0,88%, 0,81% e 1,11%, nessa ordem.

No câmbio do Brasil, o dólar subiu 0,46%, cotado a R$ 5,1770, em um dia em que a moeda dos Estados Unidos ganhou força contra a maior parte das divisas emergentes.

Na Bolsa brasileira, os papéis mais negociados da Petrobras caíram 0,30% nesta sessão. 


Além de penalizadas pelos ataques do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos dias, a estatal petrolífera também é abatida quando a matéria-prima produzida por ela perde valor no mercado internacional.



FOLHA DE SÃO PAULO
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